MIN 2014

Uma partida de xadrez é uma coisa visual e plástica e, se não é geométrica no sentido estático da palavra, é um mecanismo por que as peças se movimentam. As peças não são mais belas do que a forma do jogo, mas o que é belo_ se é que a palavra "belo" pode ser empregada_ é o movimento, mas não no domínio visual. É a imaginação do movimento e do gesto que, nesse caso, faz a beleza.
Marcel Duchamp

O jogo de xadrez foi o elo da exposição aberta no espaço Acbeu do Museu Imaginário do Nordeste (MIN) durante o mês de julho deste ano, com fotografias, objetos e obras cinematográficas, como O Pátio, primeiro filme do cineasta baiano Glauber Rocha, que integraram a mostra da 3ª Bienal da Bahia.



O acervo do projeto conta com as obras O Xadrez, de Abraham Palatnik; fragmentos da obra Pasta Rosa – Inéditos e Dispersos, da escritora Ana Cristina Cesar; registros fotográficos do filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman; O Jogo de Xadrez, de Paulo Bruscky; Xadrez – I Ching, de Rogério Duarte; trabalhos xadrez em madeira e cerâmica de Maxim Malhado; além da exibição de Épico Culinário, curta-metragem do artista visual Paulo Meira.

O ponto de partida do projeto foi o filme O Pátio, primeiro experimento audiovisual de Glauber Rocha, que utiliza como cenário um tabuleiro xadrez. De acordo com o curador-chefe da Bienal, Ayrson Heráclito, ” O Pátio inaugurou, a partir da Bahia e do Nordeste, a possibilidade de pensar uma arte mais expandida, para além das características tradicionais”.

A produção foi exibida continuamente para os visitantes que puderam sua narrativa pouco clara, embutida como um enigma filosófico.


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