Pensando Século XXI

E por falar em metrô, essas cabininhas de "PAGUE QUANTO ACHA QUE VALE" de livros estão espalhadas por todas as estações....... Apesar de não encontrar NINGUÉM lendo em LUGAR NENHUM, pode ter algum sentido, as pessoas são curiosas, param, olham.... Chego a pensar que pagam alguma coisa por algum livro....É um incentivo, em um país onde a educação é uma merda e professor é tratado como a senhora mesma...... já vale alguma coisa. Tomara que essas cabininhas tenham algum porquê!!!! E logo, para apaziguar o caos, me despeço de uma grande amiga. Fomos caminhando juntas um grande trecho da cidade até pegarmos sentidos opostos na linha amarela. Não era ainda o fim da linha. Bye!

Estação Santa Cecília Passando por essa estação me deparei com muitas palavras, dois grandes painéis cheios de poesias e citações, como se fosse a linha do tempo da literatura brasileira.... Muito legal!!! Tava ultra mega cansada de bater perna tentando achar uma estação de metrô, aí entrei e quando me dei conta, caminhava em meio a essa bela surpresa. Apesar da correria do povo, dos atropelos, dos vai e dos vem, valeu muito.... Deu tempo pra parar e ler um pouquinho. Pegando gancho nessa obra do imortal Bandeira, vai uma foto do que é "reciclar lixo" na metrópole "mais desenvolvida" da América Latina.... Estou falando de um dos melhores bairros da capital paulista..... Vá lá..... Em meio a todo esse entulho há um homem que puxa um carrinho tantas vezes maior do que ele e vai levando o que ele seleciona à mão entre o lixo que ele encontra empilhado nas ruas. Em algumas partes dos bairros nobres podem-se ver cestos de arame fechados com cadea

Se pensamos em Século XXI com certeza pensamos e São Paulo.... São Paulo, apesar de todas as suas carências estruturais não deixa de ser super Século XXI.  O super povoamento, as várias etnias, os empresários do mundo todo, o super chique, o super novo o super in misturado ao super out, aos olhos sorumbáticos dos que super lotam metrôs correndo contra o tempo, à pressa, à falta de educação, à educação além do esperado, ao belo, ao feio... O gigante deitado em berço esplêndido, sempre esplêndido, porque em São Paulo é impossível não se deparar com o esplêndido, todo o tempo, o tempo todo, para bem ou para mal, mas é intenso, é..... devorador, devastador!!!! Até mesmo quando temos a chance de fazer de conta e nos escondermos em uma vilinha qualquer, dessas, ao estilo italiano ou português que sobrevive aos mega complexos residenciais, ou se acopla a eles, ainda assim é imensa, intensa, imponente!!!! São Paulo nos devora, nos vomita de sus entranhas e nos volta a engolir.